sábado, 22 de setembro de 2012

Sombras Inconstantes : Parte 2

                                        

Eu me espreguicei e levantei do sofá lentamente, pois estava muito cansada. Fui até a cozinha, peguei pão de sanduíche e manteiga de amendoim e preparei meu sanduíche. Guardei as coisas que eu ja tinha usado e subi as escadas, ao chegar no último degrau eu ouvi barulhos do quarto da minhã mãe eu corri até a porta e ouvi minha mãe chorar, eu não sabia o  porque ela estava chorando, se era pelo nosso assunto, ou saudades do meu pai. Mas provavelmente é saudades, porque depois do dia que meu pai "desapareceu" ela chora todos os dias, eu nunca tive coragem de ir falar com ela sobre esse assunto, deve ser difícil pra ela aceitar a "perda" do meu pai porque ele sempre foi presente na vida dela, eu acho que ela nunca imaginaria que isso ia acontecer. Depois de ouvir ela ali chorando eu entrei no meu quarto, pois não gosto de ver as pessoas chorarem, ainda mais quando elas são importantes pra mim, e como eu ja disse eu não tenho coragem de falar com minha mãe sobre esse assunto. Então eu peguei o livro que eu tinha comprado semana passada "A última Música", me enrolei nas cobertas e fiquei lendo e comendo sanduiche de mantega de amendoim já que não tinha nada pra fazer. Passou se o tempo é quando eram quase 21:00 Hrs, eu ouço um barulho parecido com uma pedra voando na minha janela. Olhei por um segundo a janela e voltei a ler. Uns  5 minutos depois ouço de novo aquele barulho de pedras na janela seguido de alguém fazendo barulhos. Eu comecei a rir, pois eu sou muito medrosa e ja estava achando que era coisa da minha cabeça.  Quando de repente ouvi:
- Psiu, vem na sacada Isa.
Eu fico confusa, Pois conheço aquela voz, abri a janela lentamente e espio de cantinho para ver quem está lá embaixo, quando eu olho para baixo eu vejo Sam e Ju. Eu fiquei muito feliz então, olhei para o lado e vi meu telhado que é meio "caido", depois que eu vi que tinha como descer eu fui para a sacada, coloquei meus pés no telhado e escorreguei  acabei caindo de joelhos no chão. Ju e Sam ficaram rindo do jeito que eu caí. Eu também estaria dando risada, se estivesse me observando.
- Bem que você podia ter me ajudado-  Falei limpando minha roupa.
- Não mesmo, pensei na hipótese de me machucar se te ajuda-se, imagina, você poderia cair em cima de mim. - Disse o Sam rindo.
- Ah, Claro! Daí você decidiu deixar eu cair e me "Matar" no chão? - Eu respondo em tom Irônico.
Julia fica só rindo atráz de nós.
- Gente, acalmem-se, Não briguem e nem façam nada. - Disse Julia interrompendo a nossa "Briga".
Nós caminhamos até a beirada da calçada da minha casa e nos sentamos.
- E como foram suas férias na frança, Ju? - Perguntou Sam para ela.
- Foram muito boas. - Responde com um ar muito animado.
Nós ficamos conversando até ás 02:00 Hrs , a maioria das conversas foram sobre assuntos femininos porque Sam ficava sem entender nada, e eu e a julia amavamos ver ele sem entender nada e ficavamos rindo dele, então ele fazia uma careta e começava a roer as unhas então a julia dava uns tapas nas mãos dele, nesse meio tempo de conversa também eu falei pra eles que minha mãe estava chorando, que conversamos sobre meu pai, que ele tinha um segredo e Logo após eles me perguntarem por meia hora seguida qual era o segredo eles vão pra suas casas, pois suas mães ligaram preocupadas eu me despeço deles e decido ficar ali na frente de minha casa pensando um pouco, em como era meu pai e qual era o tal segredo. Eu fiquei com a cabeça baixa, e veio em minha mente todos os momentos que eu passei ao lado do meu pai na minha cabeça. Quando eu percebo uma lágrima escorre em meu rosto, eu esfrego os olhos e ouço um barulho de carro passando em minha frente, eu levanto a cabeça rápidamente e avisto alguns vizinhos na casa a frente, engraçado que não havia moradores naquela casa, a unica pessoa que morou ali foi o  Jonny. Eu fico olhando o carro dos supostos "novos vizinhos" , quando eles descem do carro e eu avisto um menino perfeito de tanto analisar eu percebo que é o Jonny saindo do carro, não podia ser, eu não acreditei, eu esfreguei meus olhos novamente e vejo que é  Jonny sim, então antes que ele podésse me ver eu saí correndo e me escondi atrás de uma árvore que tem em frente a minha casa. Então olhei para minha casa, e vi que a janela da sala de estar estava aberta, pois o vento abriu ela e eu me esqueci de fechar. Então me aproximei da janela e a pulei-a. Subi as escadas devagar para minha mãe não se acordar. Entro no meu quarto passo a passo, muito devagar e finalmente me deitei em minha cama, em seguida fechei os olhos e veio a imagem do Jonny na minha cabeça, e sem querer escapa um sorriso bobo de minh boca e eu e pensei como ele cresceu e está mais lindo do que nunca. Claro, que ele não ia ser criança pra sempre, eu fico pensando em como nós éramos antigamente e  finalmente adormeço. Eu acordei 7:00 Horas, fui no banheiro, fiz minhas higienes, e depois me arrumei para ir para a escola. Desci as esadas e minha mãe estava sentada na sala de jantar, me esperando com café da manhã pronto.
- Tome café meu amor! - Diz ela, apontando pra xícara e pros pães.
- Não estou com fome mãe, Obrigada! Vou indo... Ok mãe? - Eu falo pra ela pegando minha mochila suavemente
- Pode ir filha, assim eu não preciso te levar na escola e não me atraso para o trabalho. - Diz ela com um tom sarcástico.
Eu sorri pra ela e abri a porta, logo em seguida saindo de casa, quando eu avistei Jonny na minha frente me deu uma enorme vontade de me esconder, então me perguntei como pode ele sair ao mesmo tempo? E logo vi que ele estava com o uniforme da minha escola, se ele não reprovou em nenhum ano ele ainda poderia ser meu colega. Então começei a caminhar mais rápido para me aproximar dele e também porque eu queria chegar rápido no colégio, e de repente ele vira-se para trás e me vê, para de caminhar se aproxima de mim e fala:
- Não nos conheçemos?
- Não sei. - Eu respondo corada e mentindo.
- Eu acho que sim, qual seu nome? - pergunta ele com um tom curioso.
- Isadora . - Eu respondi sendo fria e calculista, só pra ele não notar o desespero em minha voz.
- É ... Acho que não nos conheçemos... Eu sou Jonny ... O que se mudou Para ... - Antes que ele possa terminar a frase eu falo:
- Ahh claro! Eu te conheço. - Eu falo fingindo não saber quem ele era antes.
Continuamos caminhando em direção a escola.
Ele olha pra mim novamente, e seus olhos castanhos, cabelos loiros e corpo sarado ficam me torturando durante todo trajeto.
Nós nos aproximamos da escola e nos separamos, cada um vai para um lado.
ele vira pra trás e grita:
- Tchau minha linda! - E estampa um sorrisinho bobo na cara.

Por: Guilherme O. Betat  e Ana carolina T. Cascaes

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